segunda-feira, 14 de maio de 2018

DIA ESPECIAL: Feira em Caldeirão Grande

 A feira de Caldeirão
Sempre foi destaque
Tendo o início marcado
Debaixo de uma baraúna
Onde se comprava e vendia
Carnes de criação e de gado.

Na antiga Praça Velha,
Hoje, Euzébio Bezerra,
Surgindo as primeiras barracas
De arroz-doce e brevidades.


Aparecendo os cereais,
O café, o açúcar,
A farinha, o arroz,
O feijão e o fubá.

Bolo de puba, bolo de milho,
Mingau e muito beiju
Doce de leite e sequilhos
Cocada de ouricuri.

Os primeiros compradores
Vinham de Saúde, vizinha
Levando ouricuri, mamona,
Requeijão, ovos e galinha.
v A feira ficou conhecida,
No povoado e arredores.
Por ser também dia de missa
Com a presença do vigário.

Que visitava a freguesia
Na capela pequenina,
Da Senhora Conceição
Onde se ergueu a Matriz.

Uma feira de cada mês
Era muito especial
Roupa nova, gente arrumada
Não existia dia igual.

O preço do ouricuri,
A conversa com o mascate.
Uma carta do correio,
Encontrar o namorado.

E foi crescendo,
A feira de segunda-feira.
Às dez horas da manhã
Tocava o sino da igreja

Era grande o movimento
De todos que chegavam
A pé ou a cavalo
Com carregados fardos
Num acompanhamento
De casamento e batizado.

Durante muitos anos
Aconteceu assim:
Ser presença à missa
Estar presente à feira
Afinal, era preciso
No dia de segunda-feira.

(Ver Feira da Segunda Feira em Vida, Perfil e Terra)

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